Os vilões do futebol

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Imagem: Célio Messias/AE
Imagem: Célio Messias/AE

A festa do Flamengo é bonita. Até na Avenida Paulista havia bandeiras, flâmulas e camisas. Nem sei de onde saíram tantos flamenguistas em São Paulo.

Mas é claro que os vilões do futebol tinham de aparecer para estragar a festa. Em Curitiba, no estádio Couto Pereira, a torcida invadiu o campo após o jogo do rebaixado Coritiba e começou a bater em quem aparecesse pela frente. Até um dos bancos de reservas foi arrancado e atirado contra os policiais, que estavam em pequeno número quando a confusão começou.

Um rapaz como o da foto, com o rosto coberto, é mesmo um torcedor? Ou é um bandido? Afinal, quem esconde o rosto é porque está devendo alguma coisa, eu acho.

Dezenas, centenas de pessoas já escreveram sobre esse problema, já apontaram soluções, mas nada acontece. O país que vai sediar uma Copa do Mundo em breve não consegue controlar a sua torcida. Corremos o risco de, num jogo Rússia x Estados Unidos, a torcida invadir o campo para protestar contra o capitalismo, que sempre ganha. Ah, esquece. As “causas” que esses bandidos defendem não são tão nobres.

O Palmeiras também tem problemas. Após agressões a seus jogadores, o time tem de voltar “fugido” do Rio de Janeiro. Ninguém sabe o caminho, por quais aeroportos vão passar… nada. Tudo isso para evitar que vagabundos vão cobrar “raça” dos jogadores.

O fato é que o futebol aqui no Brasil precisa ser repensado. De repente, parar tudo por uns seis meses. Deixar só a várzea rolando, parar a elite e se perguntar:  O que está errado? Washington, atacante do São Paulo, chegou a cogitar greve entre os atletas para protestar contra as agressões. E porque não? Vamos parar tudo e recomeçar, do zero.

Algo precisa ser feito. E logo.

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Outra questão: apresentadores/narradores de futebol, principalmente o sr. Luciano do Valle,  adoram pedir para as câmeras mostrarem as torcidas soltando frases de efeito, como “olha só que festa bonita a da torcida” ou “é um espetáculo fora de campo”.  Não tem de mostrar torcida, tem de mostrar o jogo. Se eu quiser ver torcida, vou à quadra desses delinquentes.

Essa atitude de “valorizar” a torcida é suicida. Esses mesmos “bailarinos” dos estádios podem um dia cercar a cabine de transmissão e ameaçar os profissionais que estão lá trabalhando e narrando a derrota do seu time. E já fizeram isso algumas vezes, não é novidade para ninguém.

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