Eu odeio McDonald’s.
E nem é nada político (confesso que já foi). Odeio simplesmente porque faz mal. Assim como qualquer fast food. Mas o McDonald’s parece que se esforça para fazer mal. Tanto pela quantidade de certas substâncias utilizadas nos lanches quanto pelo tamanho das porções. Esses dias comi um desse Angus, novo (e horrível, por sinal) e o troço tinha cerca de 80% de sódio que eu necessito POR DIA!
Mas de vez em quando eu vou. De repente, estou com alguém que quer ir e aí não vou fazer desfeita. Ou porque estou com uma baita fome e esta é a opção mais rápida que se tem pela frente. Rápida, porque barata deixou de ser há tempos.
E esses dias eu descobri meu novo passatempo: dar um nó na cabeça dos atendentes! É simples.
O treinamento para esse tipo de função não dá margem para improvisos. A casa tem um lanche carro-chefe e alguns igualmente bastante pedidos. E todos nos esquema lanche+batata média ou grande e refrigerante ou suco médio ou grande. É isso.
Quando não tenho muita fome, não consigo comer um lanche mais batata e refrigerante médios ou grandes. Sem contar que a batata esfria muito rápido e fica intragável. Peço-os pequenos. Pronto, está armada a confusão.
Isso porque McDonald’s foi um troço criado para engordar. Nada além disso. Então não há script para quem pede nada pequeno. Rola até uma indignação do atendente! Na última vez:
– Um McChicken com batata pequena e refrigerante pequeno.
– (depois de um longo silêncio) Mas esse lanche não acompanha batata pequena.
– Como assim? Não tem batata pequena?
– Sim, tem. Mas não é da promoção desse lanche.
– Não tem problema!
– É mais caro! (num tom alarmista, quase me abaixei pensando que era bomba ou algo do tipo)
– Não tem problema!
E algo muito parecido me aconteceu da penúltima vez em que fui, numa outra loja da rede.
Tudo isso porque esse tipo de comércio segue a lógica do preço: se é mais barato, o cliente vai preferir. Mesmo que ele jogue metade da batata no lixo e saia arrotando refrigerante pela rua, ele vai se sentir bem porque pagou mais barato.
Ele não leva em consideração que algumas pessoas se apegam ao detalhe do tamanho do lanche e que elas preferem eventualmente pagar um preço fora do promocional por uma porção que ela aguente comer.
E o atendente, coitado, foi treinado para pensar desta maneira. Não é culpa ou responsabilidade dele. Se a empresa onde ele trabalha trata o consumidor como glutão, fazer o quê…
Ah, para finalizar, outra maneira de causar (no bom sentido!): peça um McFish. Nunca tem pronto (porque ninguém pede) e dá uma movimentada na galera das internas, repare bem.
Minha mãe adora McFish. Costumo dizer que quando alguém pede parece aquelas cenas de filme em que todo mundo comenta baixinho “olha, ela pediu um McFish!”
Pior que isso, só se fosse McFish com Fanta Uva. Mas não tem Fanta Uva naquela joça.