“Quando não é pelo amor, é pela dor, né?”. Assim é que se descobrem as coisas, segundo D. Marcia, mãe da minha amiga Débora.
Quem me conhece sabe que estou num período meio complicado. Altos e baixos. Os altos: Conclusão do curso de jornalismo, aniversário, concorrendo a prêmio com o meu podcast, etc. Os baixos, na verdade, são uma coisa só, mas que já vale por tudo. Minha namorada está internada, na UTI, desde o dia 16/11. O estado é delicado, grave, mas tenho a absoluta certeza de que tudo vai dar certo e eu terei minha menina de volta. O que pega mesmo é essa espera…
Voltando à D. Marcia. Eu disse que nem sabia que eu tinha tanta fé, não conhecia esse meu lado. E ela respondeu com essa frase. Depois, fiquei cá pensando com meus botões.
OK, é pela dor, por causa desse momento difícil. Mas é por amor também. Essa menina é a pessoa que eu mais amo no mundo, é a pessoa com quem quero dividir minha vida, é com quem eu quero passear nos meus domingos de folga e dar bom dia/boa semana nas segundas pela manhã. E por isso esse meu lado mais, digamos, religioso, foi despertado. Pela vontade de ver esse problema solucionado da melhor forma possível. Pela necessidade de pedir ajuda.
E é justamente essa fé que me dá forças para seguir. No começo de tudo, quando ainda não havia notícias boas sobre o quadro, eu estava com medo, desesperado. Mas agora não, estou firme, perseverante e confiante no final feliz. E ainda consigo levantar outras pessoas, que desanimam ou pensam em desistir.
A luta é difícil e eu ajudo da forma que eu posso, que eu sei. Estou nessa briga com ela, disposto a seguir em frente até quando for necessário. Se ela não desistiu (e nem vai!), eu não tenho o direito de enfraquecer, de achar que algo dará errado. E daqui a alguns bons anos, ainda veremos minha menina de cabelo branco e com aquele sorriso lindo que só ela tem.