Todo mundo tem seu lado mórbido. Aquela espiadinha pela janela do carro/ônibus para tentar ver o atropelado na rua, assistir o vídeo da morte da Neda (a manifestante iraniana) várias vezes no You Tube ou ainda colocar o TMZ.com (o site que deu a notícia sobre a morte de Michael Jackson) nos favoritos para ver qual a celebridade que vai dessa-para-melhor hoje… enfim, são várias as maneiras.
No meu caso, como não podia ser diferente, minha morbidez é musical. Sempre que morre algum músico, passo aquele dia ouvindo suas obras. Se eu não tiver o CD, baixo e ouço. Foi assim com muita gente. O último foi Zé Rodrix. No dia da sua morte, ouvi “Soy Latino Americano” mais uma vez e só confirmei o que já sabia: É genial. Postumamente genial.
No caso do Michael Jackson, não está sendo diferente. Me lembro que a primeira coisa que tive dele foi uma fitinha cassete de “Bad”, que apaguei gravando algum show por cima (Rock in Rio? Hollywood Rock? Nâo me lembro…). Eu era um juvenil, criado a leite com pêra, não sabia da importância daquele sujeito que estampava o acrílico da caixinha. Não conhecia “Off the Wall”. “Thriller”, então, só manjava da risada do Vicent Price no final, que depois virou vinheta em programas de humor sem graça.
Depois que cresci um pouquinho e comecei a ler sobre música, me arrependi daquele ato com a fita de Michael. Mas já era… nem o show que gravei por cima existia mais.
Agora, para compensar, baixei toda a discografia do MJ. Jackson 5, Jacksons e sua carreira solo. Sei que é muito (quase 2 GB), vou me desfazer de alguns arquivos com o tempo. Afinal, por mais genial que tenha sido MJ, nem tudo na sua carreira é perfeita (a fase R&B, por exemplo, é um saco). Mas tava lá um torrent no seu lugar, fui até lá lhe fazer mal.
Agora ouço “Got to be There”, seu primeiro solo, de 1972. O próximo da lista é “ABC”, segundo do Jackson 5, de 1970. E assim vamos nesses dias de MJ no meu Winamp…
Estava aguardando um post sobre a "noticia da semana". Não sou fã dele, mas tem algumas músicas que gosto. Detesto isso td que a midia faz e as pessoas ajudam a continuar a propagar, falando da vida pessoal. Ele faleceu, o que fez ou deixou de fazer, agora não importa mais, e se agiu errado ele "pagou" (ou vai "pagar"). Como todo ser humano, somos responsaveis pelos nossos atos, os quais geram consequencias e quem somos nos para julgar, enfim, isso é outro papo. Que ele descanse em paz, e agora a midia e as pessoas enalteçam o seu trabalho, ao invés de se preocupar com outras coisas.