Só um aviso: Esse post serve apenas para eu economizar com psicólogo. O conteúdo é extremamente pessoal e se der na telha vou apaga-lo em alguns minutos. Escrevi e publiquei mais como uma terapia mesmo.
De novembro de 2008 para cá a minha vida desmoronou. Eu tinha planos, passava por um momento feliz com mamô, crescia profissionalmente… até que o castelo de cartas começou a desmoronar aos poucos. O problema de saúde com ela, o fechamento (diminuição da estrutura, na verdade) da editora onde eu trabalhava e estava praticamente efetivado, enfim. Vida pessoal e profissional foram para o buraco em questão de meses.
Seis meses e pouco. Esse é o tempo de internação de mamô. A pessoa que eu mais amo nesse mundo está se recuperando, mas essa espera é que mata. O fato de não poder fazer nada pra ajudar diretamente me proporciona momentos de desespero. Mas eu não desisto, não vou desistir. Ainda terei uma vida e uma história muito bonita com ela, independente das condições. Só vou desistir (e não sem insistir) quando ela tiver melhores condições e for sua vontade, quando sair da sua boca que “não dá mais”. Aí sim, eu tiro meu time de campo.
O que eu sinto por ela não se mede, não se explica. Eu apenas sinto. Os melhores momentos dos meus dias acontecem quando estou naquele quarto do hospital, com ela, falando, contando as novidades, cantando as músicas que ela gosta ou simplesmente olhando, velando seu sono. Meus olhos revesam entre ela e o monitor, pra ver se tudo está correndo como deve. Mas eu a conheço como poucas pessoas. Olhando somente pra ela eu sei se está tudo bem, se ela está desconfortável, se está frio… o monitor, pra mim, é só um acessório. Eu me entendo é diretamente com ela.
Eu sempre fui muito autossuficiente pra resolver meus problemas. Nunca fiz terapia ou consulta com psicólogo. Mas nessa semana me deu vontade de procurar um e nem sei como. Isso porque comecei a sentir uns sintomas de depressão… vontade de ficar sozinho, sem luz, sem som, sem nada. Só eu, em algum lugar escuro, sem previsão para sair. Quando me perguntam “Tudo bem?”, a minha resposta “tudo bem” não convence mais. Não, não está tudo bem. No futuro estará, agora não. E não tem nada que eu possa fazer para melhorar isso agora.
Então, seguimos.
Oi Marcos
Espero que esteja melhor hj.
Bjs na Mamõ e fique com Deus. Td dará certo.
Um abraço
Gislene Alencar