Como a gente é impaciente, não?
Quando algo não acontece logo, ali naquele momento em que a gente quer, já é motivo para esbravejar, xingar, soltar #%$*!@ por aí…
Mas e quando se espera por algo sobre o qual não se tem controle algum? Algo que você sabe que vai acontecer, tem esperanças, mas não acontece logo. Pelo menos, não tão rápido quanto você gostaria?
Hoje, 16 de março de 2009, completamos 4 meses de espera por mamô. Ela está lá, na UTI, seguindo o seu caminho de melhora, passando por todas as fases e processos pelos quais ela tem de passar.
No começo, eu sentia um pouco de impotência com essa situação. Afinal, eu não posso entrar lá, falar ou fazer algo e resolver tudo. Não tenho como faze-la levantar e me dar um beijo, dizendo “obrigada, meu príncipe encantado”, com um dos pezinhos levantados (bem cena Walt Disney, né?)!
Mas eu percebi que ajudo. À minha maneira, com minhas limitações “humanas”, mas ajudo. E sei que a minha fé (e a fé de trocentas pessoas, amigos e familiares) está ajudando, de uma forma que, racionalmente, ninguém consegue entender ou explicar. Simplesmente, ajuda.
Todos os dias vou àquela UTI, essa tem sido minha rotina diária. Chego lá, falo com ela. Bem pouco, é verdade. Mas é o meu jeito, calado. Ela mesma me diz que eu falo muito com o olhar. E quando ela abre os olhos, tenho a absoluta certeza de que ela está lendo meu olhar e sabe exatamente o que estou dizendo a ela.
E que venham os próximos dias de espera e de pequenas vitórias.